Moinhos da Pinhoa acolheram alunos do Curso Profissional de Técnico deTurismo Rural e Ambiental

No dia 28 de Outubro, 5ª-feira, realizou-se mais uma Oficina do Pão num dos locais mais emblemáticos da região Oeste, os Moinhos da Pinhoa (freguesia de Moita dos Ferreiros, concelho da Lourinhã), organizada pelo MPI – Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente com o apoio da Junta de Freguesia da Moita dos Ferreiros, desta vez dirigida especialmente à turma do 12º do Curso Profissional de Turismo Rural e Ambiental da Escola Secundária do Bombarral.

Mais uma vez a meteorologia esteve do nosso lado, com uma tarde de sol radioso. Mesmo a calhar, pois no dia seguinte começou a chover!

Assim a actividade começou por uma parte mais teórica, no espaço envolvente a um dos moinhos, com uma breve introdução realizada por Alexandra Azevedo seguida da apresentação e mostra de sementes pelo agricultor João Vieira (dirigente da CNA – Confederação Nacional de Agricultura) e pelo técnico agrícola José Maria Vieira, sempre na companhia do moleiro, Francisco António Silva.

Mais uma vez fez-se uma análise crítica das profundas transformações que ocorreram na nossa alimentação e no modo de produção agrícola, em que não faltou a menção aos transgénicos e a ameaça que representam, bem como das alternativas ao nosso alcance.

Visitou-se em seguida o moinho e finalmente chegou o momento ansiado da degustação do pão: pão de bolota, broa de milho com torresmos, broa de milho e pão de lêveda natural. Para acompanhar havia compota de amoras silvestres, doce de maçã com mosto (em vez de açúcar) e para beber: limonada, chá verde e água.

Durante este momento Alexandra Azevedo foi explicando o processo de lêveda natural. Processo que alguns países estão a reintroduzir no mercado, como a França (“pain au levain”) ou a Alemanha, dadas as vantagens em termos da melhoria da digestibilidade, das características organoléticas (desejadas pelos apreciadores de bom pão) e do aumento do período de conservação.

No final da actividade a satisfação era visível e foi manifestada por muitos dos alunos. Resta-nos esperar que mais tarde como profissionais contribuam para o desenvolvimento das potencialidades da produção agrícola das variedades regionais, do património construído relacionado com a moagem tradicional (moinhos de vento e azenhas) e da gastronomia genuína.

Documento em PDF:

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