O programa “Óbidos Carbono Social”, através do qual a autarquia pretende reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, foi premiado com o Galardão de Ouro da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA).
O município de Óbidos foi o vencedor na categoria Autoridade Municipal, da iniciativa “Galardões Rede Climática”, que visa distinguir os melhores projetos nacionais na área das energias e alterações climáticas.
O prémio entregue sábado, em Viana do Castelo, é encarado pela autarquia como “um estímulo para fazermos mais e melhor” disse hoje à Lusa Humberto Marques, vereador do Ambiente na câmara de Óbidos.
A distinção no concurso em que participaram a nível nacional 165 projetos, repartidos por cinco categorias, reveste-se, segundo o vereador, “de uma enorme responsabilidade” para a autarquia que irá apresentar o programa no evento CLIMA 2010 – II Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas / International Congress on Climate Change que decorrerá de 27 a 29 de maio de 2010 na Exponor em Matosinhos, integrado na AMBINERGIA – Feira do Ambiente, Energia e Sustentabilidade.
O programa “Óbidos Carbono Social” foi lançado em novembro de 2007 com o objetivo, até 2020, reduzir em 40 por cento as emissões de gases com efeito de estufa.
A estratégia passa pela elaboração de uma linha base de emissões de CO2 do Concelho de Óbidos e pela implementação de medidas como a recolha seletiva de resíduos substituição da iluminação pública por tecnologias mais eficientes energeticamente, a construção de parques florestais e o lançamento do projeto “Óbidos Solar”, entre outras iniciativas.
“As medidas que dependem exclusivamente da autarquia tem uma execução nalguns casos de 100 por cento e noutros bastante elevada” assegura Humberto Marques.
A colocação de relógios astronómicos (que adequam o tempo de funcionamento da iluminação pública à existência de luz natural) “já nos permitiu poupar 100 mil euros em iluminação” salienta o vereador.
Outro exemplo é a adesão ao programa Óbidos Solar, “com 200 famílias já com capacidade de instalação de sistemas aquecimento de águas sanitárias através de painéis solares ou fotovoltaicos” acrescenta.
O programa, que “ao fim de seis meses conta já com uma taxa de execução de 20 por cento” vai permitir a instalação de sistemas de microgeração em 1500 fogos do concelho e reduzir a emissão de 60 mil toneladas de CO2.
“Os projetos com menor taxa de execução são aqueles que dependem do governo ou de outras entidades” sublinha o vereador, exemplificando com o parque eólico das Cesaredas e o parque florestal do Bom Sucesso.